A classificação de um vinho depende de vários critérios. De modo geral, cada região tem suas próprias regras para classificar um vinho, com processos distintos de amadurecimento e envelhecimento. A saber: amadurecimento corresponde ao tempo que o vinho passa em recipientes como barris de madeira e tanques de inox, já o envelhecimento é o período que ele passa na garrafa antes de ser considerado pronto para o consumo. Mesmo com as variações de nomenclatura e tempo do estágio de amadurecimento e envelhecimento, podemos dividir o vinho tinto em três grandes classificações básicas:
Agora vamos falar um pouco das uvas, as estrelas do vinho. Como você pode imaginar, há uma infinidade de variedades tintas, de todas as partes do mundo, que não caberiam neste conteúdo. Então, nós aqui do Descorcha, selecionamos seis entre as mais famosas e queridas uvas tintas do mundo. Confira:
Conhecida como a rainha das tintas e a uva de vinhos finos mais consumida em todo o mundo, a francesa Cabernet Sauvignon nasceu do cruzamento das cepas Sauvignon Blanc e Cabernet Franc e sua origem remonta ao século XVII.
Uma das características mais notórias dessa variedade é a sua resiliência: a Cabernet Sauvignon é capaz de se adaptar muito bem a diferentes climas e de resistir a pragas e à umidade.
Os vinhos tintos elaborados com a Cabernet Sauvignon têm taninos marcantes, notas herbáis, além de tonalidades e aromas intensos, rendendo rótulos elegantes e equilibrados.
Os Cabernet Sauvignon podem ser harmonizados com diferentes pratos, como carnes grelhadas, massas, lasanhas, aves e algumas variedades de queijos.
Esta cepa tinta deu seu salto para a glória durante a segunda metade do século XIV. Originária da Borgonha, na França, a Pinot Noir se dá melhor com climas frios e produz vinhos bastante elegantes.
Em geral, é uma variedade sensível e de difícil cultivo, requerendo muito cuidado dos produtores. Os exemplares de Pinot Noir se destacam por seus taninos suaves, o que o tornam delicados e muito agradáveis ao paladar. Com tonalidade rubi, traz notas de framboesa, morangos maduros, cereja e groselha.
A Pinot Noir combina com pratos como legumes, carnes brancas, receitas asiáticas e variedades de queijos macios.
Esta cepa se caracteriza por apresentar personalidades diferentes, dependendo do clima em que é cultivada. A Merlot nasceu em Bordeaux, na França, de um cruzamento entre a Cabernet Franc e uma variedade antiga conhecida como Magdeleine Noire des Charentes.
Muito popular, esta uva produz vinhos de cor intensa, com baixa acidez, redondos e encorpados. Seus exemplares também se destacam por seus aromas elegantes e complexos e são bastante agradáveis de beber.
Boas combinações com uma taça de Merlot: queijos maduros, doces, legumes, ensopados e carnes de caça.
Também conhecida como Shiraz, esta cepa nasceu no sudeste da França, de um cruzamento entre a Mondeuse Blanche e a Dureza. É uma uva que se adapta ao seu terroir, expressando diferentes características a depender da região onde foi cultivada, como cor intensa, alto nível de acidez e taninos pronunciados.
A Syrah também pode produzir vinhos defumados, frutados e com aromas florais. Uma das peculiaridades desses vinhos é que, à medida que envelhecem, seus taninos ficam mais marcantes.
Para acompanhar a Syrah, vá de queijos variados, carnes grelhadas, embutidos e pratos de caça.
Esta cepa é originária da cidade francesa de Médoc, mas foi exterminada pela filoxera na Europa no século XIX. No entanto, em 1994, um enólogo francês descobriu exemplares autênticos da Carménère no Chile. Desde então, ela ganhou dupla nacionalidade, sendo uma das uvas mais cultivadas – e amadas – em território chileno.
Os vinhos produzidos com esta cepa são normalmente frutados e têm baixa concentração de taninos, o que os torna leves e agradáveis.
A Carménère é uma boa companhia de carnes assadas e grelhadas, tortas salgadas, empanadas, carnes grelhadas e pratos à base de tomate.
Não poderíamos deixar a Malbec de fora desta lista. Nascida na França e esquecida pelo mundo, esta variedade se reencontrou em solo argentino, virando a uva-símbolo do país – e também a preferida dos brasileiros.
Caracterizados por sua coloração intensa e por seus taninos fortes, os vinhos da Malbec são marcantes e muito saborosos, com notas de ameixas pretas e amoras.
As opções de harmonização com Malbec são muitas, sendo as mais populares os legumes, a carne bovina e o cordeiro.
E, claro, também há tintos com diferentes níveis de dulçor. O que define se um vinho é seco, meio seco ou suave é o seu teor de açúcar residual, que é a quantidade de açúcar contida em uma garrafa. Embora todos os vinhos contenham açúcar, suas quantidades variam.
O açúcar vem da própria uva, a frutose, e, durante a fase de fermentação, são adicionadas leveduras para transformar o açúcar natural das uvas em álcool; no entanto, invariavelmente fica um açúcar residual.
Quanto menor o teor de açúcar de um vinho, mais seco ele será. De modo geral, os vinhos secos têm, por legislação, até 4 gramas de açúcar por litro, o meio seco, entre 4 e 25 gramas – o que torna essa classificação muito ampla, com vinhos com dulçor muito perceptível e outros mais secos –, e os vinhos suaves (ou doces) ultrapassam 25 gramas.
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